O surgimento do endoscópio propiciou um grande avanço no tratamento das doenças gastrointestinais, ao permitir a detecção de úlceras, tumores (cânceres), pólipos e sítios de sangramentos ativos. Através da endoscopia podemos extrair amostras de tecidos (biópsias), remover pólipos (prevenção de câncer), dilatar áreas de estreitamento e interromper sangramentos em atividade.

Os colonoscópios são tubos flexíveis introduzidos através do ânus que permitem a visualização do reto e dos cólons (intestino grosso), podendo alcançar até a região final do intestino delgado (íleo).

O exame é realizado sob sedação profunda aos cuidados do anestesista e requer um período de jejum após um preparo dos intestinos. Este preparo deve ser cuidadosamente seguido e daí a importância da entrevista presencial na clínica, quando saberemos das possíveis doenças do paciente, dos remédios utilizados por ele. É esse o momento também de explicarmos detalhadamente a dieta que deve ser seguida para o exame, as medicações para a limpeza intestinal e os detalhes de cada etapa do preparo até a saída de fezes líquidas e claras (“como se fosse urina”). O procedimento costuma ser bem tolerado, podendo o paciente ficar sem queixas ou apresentar uma sensação de flatus (gases) e algumas cólicas. Estas manifestações costumam rapidamente ser controladas com uso de sintomáticos orientados por nossa equipe.

Não é permitido dirigir nas 12h seguintes ao exame por causa da diminuição de reflexos que a sedação costuma gerar. A presença de um acompanhante, idealmente entre 18 e 65 anos, é necessária para a condução dos pacientes com segurança, uma vez que eles podem ficar sonolentos após o exame.

Após o uso, os aparelhos de colonoscopia são submetidos a uma exaustiva lavagem mecânica, incluindo a escovação de seus canais internos. Posteriormente, são submersos em uma solução contendo desinfetantes químicos e potentes esterilizantes, capazes de matar praticamente qualquer microorganismo vivo, incluindo aí o vírus da AIDS, os vírus das hepatites e bactérias patogênicas. Pesquisas na área médica revelam que a chance de uma possível contaminação é mínima, em torno de 1 em 1,8 milhões.

Pequenos também são os riscos de complicações, que existem por se tratar de um procedimento invasivo, mas são baixas em vista de todos os benefícios tanto diagnósticos quanto terapêuticos que a colonoscopia pode proporcionar. O sangramento e a perfuração intestinal, os riscos mais temidos, estão mais relacionados a retiradas de lesões de maior magnitude, mas em último caso costumam ser controlados por cirurgia simples, caso realmente necessário. Vale ressaltar que a grande maioria dos exames transcorre em aproximadamente 1h, sem intercorrências.

Nossa clínica oferece a possibilidade de realização do preparo intestinal na manhã do exame em uma confortável SUÍTE DE PREPARO, sob supervisão de nossa equipe médica e de enfermagem. Entre em contato para saber mais sobre esse serviço.

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